A Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Superintendência de Igualdade Racial e Povos Originários da SASC-PI esteve na Câmara Municipal de São João da Serra-PI, dialogando sobre o Fluxo de Atendimento às Vítimas do Trabalho Escravo. Durante as exposições sobre a realidade do trabalho, foi possível constatar uma migração forçada de trabalhadores do município.
"Nós agentes de saúde temos dificuldades de inserir os trabalhadores nos programas de saúde local, pois eles estão se deslocando constantemente", disse a agente de saúde Ivoneide Alves.
O agente pastoral do município Rafael Pereira, denunciou que não há tratamento digno às pessoas que trabalham em algumas atividades, como as marisqueiras e trabalhadoras domésticas, em total invisibilidade dessas pessoas em seus trabalhos.
De acordo com o procurador-regional do trabalho do MPT-PI Edno Moura, o município precisa intervir nesta realidade.
"O maior bem jurídico que estamos tratando aqui, não é a liberdade pessoal é a dignidade da pessoa humana e nesses casos é preciso que haja uma política preventiva na migração local", detecta o procurador.
Participaram do encontro, a rede Socioassistencial, organizações da sociedade civil, demais representantes das Secretarias municipais de Educação, da Saúde, Sindicato dos Servidores Públicos Municipal, agentes comunitários de saúde, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Policiais Militares do Piauí, agentes Pastorais da Paróquia São João Batista, O Brasil para Cristo - Igreja, conselheiros tutelares, técnicos e servidores municipais.
Ao final, a Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Superintendência de Igualdade Racial e Povos Originários da SASC-PI colocou-se à disposição para os entraves na detecção de falhas no atendimento às vítimas para buscar estudos e pesquisas sobre a realidade migratória do município de São João da Serra-PI, além de adensar politicas sociais e de qualificação profissional.
Mín. 23° Máx. 34°