Tudo começou há uma ano, quando dona Socorro e as filhas Catarina e Carol resolveram trabalhar com silagem em uma área que estava sem uso há vários anos pela família.
Com o apoio do pai, Francisco Luís de Sousa, que fez a doação do terreno, Carol e Catarina procuram uma consultoria com um profissional para alcançar bons resultados com o plantio de capim. E não foi qualquer capim. Elas trabalham com o BRS Capiaçu, uma variedade que é resultado de pesquisas positivas desenvolvidas pela Embrapa e que é bem aceito no mercado.
Logo na primeira safra, a família conseguiu produzir, em dois hectares de terra, 50 toneladas de capim.
Os números da colheita animaram a todos que fazem parte da equipe que trabalha no Sítio Carapina, situado na zona rural de Teresina, no povoado São Félix.
"Os resultados são ótimos e nós estamos trabalhando em busca de resultados melhores na segunda safra", disse Catarina Azevedo.
As três mulheres do agro possuem um dia a dia que envolve o corte, carregamento e descarregamento, silagem, aplicação do inoculante e o ensaque do capim triturado.
O sucesso em uma área dominada por homens impulsiona os trabalhos. "Temos um outro olhar, uma visão própria e uma vontade de vencer. Participamos de todos os processos de produção e administramos tudo com carinho. Não tem segredo", disse Carol Azevedo.
Dona Socorro, a matriarca, ficou feliz com os resultados obtidos. "Não me surpreende. Elas adoram o trabalho no campo, é a vida delas. Estudam e lutam muito, estão no caminho certo", analisou.
No sítio Carapina, outras ideias estão surgindo. A silagem do milho vai sair do papel em breve. "Estamos engatinhando, tudo é muito recente. Tem muita área aqui para outras plantações e criações. Estamos analisando", revelou Catarina Azevedo. Pelo jeito, ainda vem muita coisa boa pela frente no sítio Carapina.
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