Entre os países que estão destinando recursos para infraestrutura, tecnologias de produção e políticas de incentivo ao H2V, estão: EUA, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul, Holanda, Japão, China, França, Noruega e Espanha.
No Inflation Reduction Act (IRA) de 2022, os EUA incluíram subsídios significativos para hidrogênio verde, com créditos fiscais de até US$ 3 por quilo de hidrogênio produzido por eletrólise usando energia renovável.
Na Alemanha, os investimentos giram em torno de € 9 bilhões no desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio, como parte de sua Estratégia Nacional de Hidrogênio, que inclui € 2 bilhões para parcerias internacionais. O país também está envolvido em projetos como o H2Global, que visa facilitar o comércio internacional de hidrogênio verde.
A Austrália, aproveitando seus vastos recursos renováveis, anunciou um fundo de US$ 370 milhões para projetos de hidrogênio renovável. O país tem parcerias internacionais significativas, incluindo acordos com o Japão e a Coreia do Sul para exportação de hidrogênio verde.
Já a Coreia do Sul lançou uma estratégia nacional de hidrogênio com um investimento de US$ 37 bilhões até 2040, que inclui a construção de infraestrutura de produção e distribuição de hidrogênio.
Na Holanda, os planos de investimento buscam o desenvolvimento do “Vale do Hidrogênio”, em Groningen. O governo holandês está fornecendo subsídios e incentivos fiscais para estimular a produção e uso de hidrogênio verde.
O Japão tem focado no uso do hidrogênio para transporte e energia, com grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio. O governo japonês conta com políticas de apoio e subsídios para promover a adoção de hidrogênio, especialmente no setor de transporte.
A China, maior consumidor e produtor de hidrogênio no mundo, conta com grandes investimentos para ampliar sua produção. A nação desenvolve o maior projeto de hidrogênio verde do mundo, em Xinjiang.
A França, por sua vez, está investir € 7 bilhões até 2030 em sua estratégia de hidrogênio verde, que inclui desenvolvimento de infraestrutura e incentivos para indústrias utilizarem hidrogênio, além de menores custos na produção. O professor da Universidade de Waterloo comenta que grande parte do H2V produzido no país será realizado em usinas nucleares, o chamado “hidrogênio rosa”.
Como parte do seu plano de recuperação pós-Covid-19, a Espanha está investindo € 1,5 bilhões em projetos de H2V, com uma estratégia nacional que visa produzir 4 GW de capacidade de eletrólise até 2030.
A Noruega foca em projetos inovadores focados em hidrogênio de baixa emissão e investe em tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) para produzir hidrogênio azul e verde.
Por fim, Van Griensven, professor da Universidade de Waterloo, ressalta que, embora o Brasil tenha grandes oportunidades e partes interessadas, a burocracia e a falta de novas regulamentações estão impedindo o avanço nessa lista.
Dados do Ministério de Minas e Energia (MME) apontam que o Brasil tem potencial técnico para produzir 1,8 bilhão de toneladas de hidrogênio por ano.
Pasquale Augusto, MoneyTimes
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