Um grupo de cientistas brasileiros, representando instituições como a Academia Nacional de Medicina, a Academia Brasileira de Ciências e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, divulgou uma carta nesta semana, destacando a urgência de esforços para lidar com as mudanças climáticas e seus impactos na saúde pública.
O manifesto chega exatamente um mês após as intensas chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, ressaltando a necessidade de ações imediatas diante do novo cenário global.
Os especialistas alertam que os extremos climáticos serão cada vez mais frequentes e terão efeitos significativos sobre os recursos hídricos, matas e outros biomas. Eles enfatizam que “o futuro dos eventos climáticos extremos já chegou”, instando a comunidade a prestar atenção nas orientações científicas para preservar vidas e evitar desastres futuros.
Um ponto crítico levantado na carta é o aumento dos casos de leptospirose devido ao contato com água contaminada nas áreas afetadas pelas enchentes. Além disso, os cientistas expressam preocupação com os impactos na saúde mental, especialmente considerando o contexto traumático da pandemia de Covid-19.
Diante desses desafios, os especialistas defendem a necessidade de inovações no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo tecnologias de atendimento e saúde digital para atender às demandas da população afetada pelas mudanças climáticas.
Eles enfatizam que este momento de crise é uma oportunidade para redefinir o conceito de saúde, incorporando o cuidado com o meio ambiente e considerando as alterações climáticas.
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