O Piauí tem hoje 54.747 pescadores ativos e inscritos no Sistema Informatizado do Registro Geral de Atividade Pesqueira (SISRGP), do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), ocupando o quinto lugar do País. Segundo o superintendente Federal da Pesca e Aquicultura no Piauí (SFPA-PI-MPA), Alípio Ribeiro de Paiva Filho, ainda há cerca de nove mil pescadores com pedido de registro aguardando deferimento. "A concentração maior de profissionais fica no norte e meio-norte piauiense", acrescenta.
Os quatro primeiros estados com mais registros de pescadores são: Maranhão (350.400), Pará (231.914), Bahia (126.520) e Amazonas (86.167). A atividade pesqueira no Brasil avança a cada ano. O País, de norte a sul, tem, em números exatos, segundo o SISRGP, 1.202.591 pescadores registrados e trabalhando normalmente em quase o ano todo (com exceção no período de defeso). Deste total, 1.199,79 são pescadores artesanais e 2.795 industriais. Os homens são maioria, com 50,9%, e as mulheres ficando com 49,06% na participação da atividade como profissionais.
Destaque também na produção
Com tantos profissionais em atividade, o Piauí é destaque também na produção pesqueira. Segundo o anuário 2024 da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), o Estado produziu, em 2023, nada menos do que 21.900 toneladas, ficando na 14ª posição no ranking da produção de peixes de cultivo.
Na produção de outras espécies, como carpa (Cyprinus carpio), truta (Salmo trutta) e pangasius (Pangasius), por exemplo, os piauienses ficaram em quarto lugar com 4.900 toneladas, de acordo com a PeixeBR. Os municípios que mais se destacam na produção são: 1º Guadalupe, 2º Nazária 3º José de Freitas, 4º Parnaíba, 5º Teresina, 6º Beneditinos, 7º Palmeirais, 8º União, 9º Batalha e em 10ºAlto Longá.
Em 2023, o Brasil produziu, nos 26 estados e no distrito federal, 887.029 toneladas de peixes de cultivo. O Paraná se manteve como o maior produtor de peixe de cultivo, com 213.300 toneladas. Em segundo lugar, ficou São Paulo (82.400 toneladas), e em terceiro, Minas Gerais (61.600 toneladas). Os nove estados nordestinos produziram 170.933 toneladas, com destaque para o Maranhão (49.143 toneladas). O Estado de Rondônia lidera a produção de peixes nativos no País. Em 2023, a produção atingiu 56.500 toneladas.
A tilápia (Oreochromis niloticus), que é de origem africana e foi introduzida no Brasil na década de 1950, é o peixe mais produzido e consumido no País. A maior produção se concentra no Estado do Paraná – 34% - . Em 2023, os paranaenses produziram 209.500 toneladas dessa espécie. São Paulo ficou na segunda posição com 75.700 toneladas, e Minas Gerais em terceira com 58.200 toneladas.
Fonte: Fernando Sinimbu
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