A Agência Instituto Social esteve em reunião com a Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da SASC-PI e CEREST SESAPI para realizar Pesquisa sobre Estudo: Migrações e Trabalho Escravo
A responsabilização das cadeias produtivas no recrutamento de trabalhadores piauienses em casos de trabalho análogo à escravidão, foi pauta de reunião com a Agência Papel Social de São Paulo, Gerência e Coordenação de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da SUIRPO-SASC e Centro de Referência na Saúde do Trabalhador-CEREST SESAPI, nesta terça-feira, 05 de novembro/2024, na Superintendência de Igualdade Racial e Povos Originários da SASC-PI.
O representante da Instituição Papel Social, Daniel Giovanaz veio conhecer o trabalho de Enfrentamento ao Trabalho Escravo no Piauí e buscar informações sobre a realidade da migração de trabalhadores piauienses na atividade de cana-de-açúcar, uma das mais importantes do setor econômico brasileiro.
"Estamos à procura de informações que busquem entender como a cadeia produtiva da cana-de-açúcar tem levado inúmeros trabalhadores do Piauí e qual relação disso com o trabalho escravo", esclarece Daniel.
Hoje, é uma das atividades mais lucrativas e que ainda exporta trabalhadores para o tráfico humano.
Segundo dados oficiais, os trabalhadores que viajam para Goiás, São Paulo e Minas Gerais sazonalmente se deparam com realidades de trabalho escravo.
A segunda maior cadeia produtiva em que estão envolvidas com casos de trabalho escravo das mais diversas formas.
A Papel Social tem feito esta reflexão por meio de pesquisas in loco, indo nos municípios e em publicações de livros e vídeos.
O mais recente publicado por Daniel Giovanaz, Maria Helena de Pinho e Marques Casara, trata de livro "Investigações de Cadeias Produtivas: Como responsabilizar empresas que se beneficiam de violações de Direitos Humanos".
Segundo a Gerência de Enfrentamento ao Trabalho Escravo da SUIRPO-SASC, deve haver mecanismos corretivos a esta cadeia produtiva com mais dignidade e valorização desses trabalhadores.
O estudo que teve início de coleta de informações no Piauí, ainda será feita em outros dois Estados, no Maranhão e Pará, de onde também saem mais trabalhadores nesta atividade.
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